
Três RHs contam como resolveram o desafio de identificar, atrair e reter talentos da nova geração:
Desde  o clássico estudo da McKinsey sobre Guerra de Talentos, publicado no  final da década de 90, a preocupação com a identificação, atração e  retenção de talentos está cada dia mais intensa.
A globalização, a  necessidade de inovação e o avanço da tecnologia fazem com que esses  talentos se tornem cada vez mais urgentes e, para desespero do RH,  escassos.
Prova disso é o crescente número de vagas que permanecem  abertas durante meses.
Estima-se que nos Estados Unidos e Japão 45% dos  postos em grandes empresas estejam disponíveis por não ter gente  preparada para assumi-los.
No Brasil, uma pesquisa recém-lançada pelo  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), revelou que falta  mão-de-obra qualificada para 123 000 vagas abertas só este ano.
Junta-se  a isso outro fator alarmante: o aumento de executivos que estão para se  aposentar.
Nesse cenário sombrio, o que sua empresa está fazendo?
A  maioria patina.
Sem conhecer as expectativas dos novos profissionais,  insiste em modelos antigos, que sugam energia e milhões de investimento.
É preciso reconhecer que a relação empresa x talento tem de mudar.
A  seguir, exemplos de companhias que encontraram saídas para lidar com  cada uma das nuances desse desafio.
PROBLEMA 1: A identificação
O  primeiro grande desafio para o RH está justamente na definição do que é  talento hoje.
“Talento é a capacidade de identificar problemas inéditos  e
de encontrar soluções novas para velhos problemas”,
diz o headhunter  Luiz Carlos Cabrera, da PMC Amrop.
Quem é capaz de fazer isso, diz  Cabrera, gosta de compartilhar conhecimento, é inovador, criativo, tem  relação organizacional intensa, é fiel a uma causa e tem foco nos  negócios — é isso que pode ajudar o RH a identificar o talento para sua  empresa que, sem dúvida, é diferente do talento do vizinho.
Na Promon,  uma das maiores empresas de projetos do país, localizada em São Paulo, a  competência técnica do profissional é fundamental para o negócio.
O  talento Promon é “alguém que consegue as qualificações necessárias para  estar no lugar certo, no momento certo e saber fazer a coisa certa”, diz  Márcia Fernandes Kopelman, diretora de RH.
Lá, talento está longe de  ter idade determinada.
Recentemente, a empresa contratou um profissional  de 55 anos em sua área de atuação por deter enorme conhecimento  técnico.
A Promon é um exemplo de companhia que está bem no centro do  chamado apagão de mão-de-obra qualificada.
Segundo a Confederação  Nacional das Indústrias (CNI), a escassez de talentos afeta metade das  indústrias brasileiras.
Para suportar essa realidade, a empresa, que no  último ano contratou 158 funcionários (33% engenheiros) e 67 estagiários  (70% cursando engenharia), trabalha com comitês virtuais, cuja função é  administrar áreas de conhecimento.
Nesses comitês, os executivos da  Promon antecipam a busca por talentos para tocar o negócio.
Eles traçam  os perfis necessários para os projetos da empresa e avaliam se o time já  existente vai precisar de capacitação.
Isso acontece de três meses a um  ano antes dos trabalhos começarem.
Assim, a Promon consegue formar equipes de ponta, sempre afinadas com as necessidades do negócio.
PROBLEMA 2: A atração
O  executivo de RH que se mantém preso ao modelo de atração baseado apenas  em competências, sem contemplar a forma de trabalhar da era do  conhecimento, acredita que os profissionais têm de agradecer a  oportunidade de trabalhar em suas empresas.
Afinal, são multinacionais  ou gigantes nacionais, líderes de mercado, pagam bons salários e  celeiros de gente de enorme capacidade.
Quem pensa assim está  ultrapassado. “São os talentos que hoje escolhem as empresas, e não o  contrário”, afirma Gilberto Lara, diretor de desenvolvimento humano e  organizacional da Votorantim Industrial.
Uma pesquisa realizada este ano  pela Companhia de Talentos, a maior empresa de recrutamento de jovens  do país, com mais de 16 000 universitários ou recém-formados, revelou  que ter desafios é o principal motivo para a escolha de uma companhia.
A  segunda razão é a possibilidade de crescimento profissional. 
Bons  salários e benefícios aparecem em quinto lugar, depois de boa  infra-estrutura e imagem da organização.
Isso não é exclusividade dos  jovens.
Um estudo da consultoria Accenture com 4 100 profissionais que  buscavam novos empregos revelou que a possibilidade de ter um trabalho  interessante e desafiador é o que importa para eles.
A Votorantim mantém  a estratégia de atração de talentos alinhada com essas expectativas.
Ao  colocar em prática a visão de um grupo único (a empresa tem oito  unidades de negócios distribuídos em 250 municípios brasileiros), o RH  padronizou suas políticas e expandiu as possibilidades dos profissionais  migrarem internamente — aumentando os desafios de carreira.
O programa,  denominado Movimenta, estimulou, a princípio, a migração de 30 000  profissionais, metade do total de funcionários do grupo.
Nos últimos 12  meses, 70 pessoas trocaram de unidade de negócio.
Apesar de ainda não  medir a retenção total nesse período, Lara acredita que a fórmula deve  ter impacto na estratégia da empresa de desenvolver sua futura  liderança.
PROBLEMA 3: A retenção
Aqui  talvez esteja o principal desafio da área de RH: reter um pessoal movido  a oportunidades.
Mais do que instrumentos de retenção conhecidos no  mercado, é preciso ter muita maturidade e uma boa dose de humildade para  lidar com a nova geração.
E isso falta à maioria dos RHs.
Uma pesquisa  recém-saída do forno feita pela professora Betania Tanure, da Fundação  Dom Cabral, de Minas Gerais, com 100 grandes empresas e jovens talentos  que estavam em seus programas de trainees, revelou quanto tempo cada um  aposta no relacionamento.
As companhias esperam um casamento de pelo  menos 15 anos.
Os jovens?
Um namoro rápido — no máximo, três anos.
Essa  “cegueira” do RH está, de certa forma, vinculada ao fato de que a  maioria das empresas ainda acha que um profissional deve agradecer por  ser seu empregado.
E, se ele pensar em sair, basta dar um aumento para  deter a fuga.
Só que, dono de sua carreira, o profissional não engole  mais essa.
Passada a fase de encanto (leia-se desafios), ele procura  outro emprego.
A Fedex está consciente desse movimento.
Seu presidente,  Carlos Iene, sabe que a organização não manda mais na carreira de  ninguém.
Mas pode influenciar.
Por exemplo, ao conceder para todos os  funcionários (são 3 505 na América Latina) uma bolsa de 1 500 dólares  por ano para curso de inglês, MBA ou uma pós que tenha a ver com o  negócio.
Isso é uma forma de retenção?
Não diretamente, mas ajuda, pois  faz com que o profissional continue apto a crescer na companhia.
“A  carreira dentro da Fedex depende do funcionário. É ele quem deve buscar  as promoções, se elas estiverem de acordo com seu plano pessoal de  desenvolvimento”, diz Iene, um exemplo dessa estratégia.
Ele começou na  Fedex como courier, ocupou algumas gerências e há três anos assumiu a  diretoria-geral para o distrito Mercosul.
Os números da Fedex mostram  que o modelo tem dado resultado.
O turnover da companhia não passa de 4% há dois anos.
Um excelente artigo da revista VocêRH: http://revistavocerh.abril.com.br
 
 
Excelente post mesmo para os que não trabalham em RH. Parabéns a você, Sandra e aos demais que contribuíram.
ResponderExcluirGirassóis e beijos
Visitando este espaço e já fiquei,convido para conhecer chá da tarde hoje a amiga Carmen(Calu)é entrevistada e indica o livro do autor José Luís Sampedro
ResponderExcluirConvido para ler a entrevista,assim que puder,
Beijo lindo final de semana
Muito interessante, ótimo artigo, posso imprimir para arquivar como leitura?
ResponderExcluirjosiana leite - Decorafino
Grato pela partilha.
ResponderExcluirBeijo e bom fim de semana.
Oi Sandra,que post interessante!Quero voltar e ler com mais calma,correria ta grande aqui no trabalho hj...beijao grande e um otimo fds pra vc,decansa mt,pq o meu vai ser de trabalho,ai ai ai..rss
ResponderExcluirBjao!!
De nada flor!! Seu blog é riquíssimo em conteúdo! adoro!
ResponderExcluirLindo fds pra vc! Bezo!
Obs: as letrinhas ainda aparecem! rsrsrsrs
Olá, queridas
ResponderExcluirVcs sempre se empenhando em prol da projeção sadia... parabéns!!!
Bjm de paz e ótimo fim de semana
Recebi da querida Erika pelo linkedin:
ResponderExcluir"Olá Sandra,
Boa tarde! Tudo bem?
Há algum tempo não nos falamos.
Parabéns pelo blog e o ótimo trabalho! E que você tenha muito sucesso e outros reconhecimentos!
Abraços,Erika O. Takahashi"