Aos 3 anos na pracinha, minha filha se encantou com uma senhora idosa numa cadeira de rodas e falou, do jeito dela: Quando eu crescer vou cuidar de velhinhos.
Ficou sendo conhecida na pracinha como a menininha que ao invés de brincar com as outras crianças da idade dela, ficava fazendo carinho na mão dessa senhorinha da cadeira de rodas, conversando com as vovós e vovôs da pracinha.
Aos 8 anos ela decretou - Quando crescer vou trabalhar num asilo!
Aos 10 anos ela disse que seria médica geriatra.
Aos 12 anos que seria médica oncologista pediatra! Ai eu apavorei, minha filha você não vai conseguir conviver com as crianças doentes sem sofrer muito, sem se envolver!
Aos 15 anos ela seria médica pediatra e nessa fase decidiu que iria mudar de colégio, indo se preparar para o Vestibular de Medicina no colégio melhor do ranking de aprovação do vestibular da cidade.
Aos 17, não tendo gostado de química do ensino médio, começou a balançar na decisão de carreira, na opção do vestibular e estimulada pelas origens familiares, decidiu que não faria mais Medicina e que iria fazer Direito!
O que um pai e uma mãe fazem numa hora dessas?
Se definem pelo filho, são ditadores, forçam o filho a uma decisão, isso não é uma opção.
Se deixam o filho decidir sozinho, a apreensão desse momento da verdade, da indefinição da vida futura, te deixa numa cilada, sem muita opção!
Não sei se você já passou por esse momento!
Para mim foi um dos piores momentos da maternidade! Não sabia de verdade qual a melhor atitude a tomar: se permissiva ou autoritária, se usava a minha experiência para influenciar ou se deixava ela seguir os seus instintos, as suas avaliações!
Resolvi seguir minha estratégia mais certeira - fui fazer um benchmark com todos os amigos que já tiveram filhos em vestibular e entender o que fizeram, que modelo de decisão adotaram.
Os antigos testes vocacionais estão falecidos.
Agora os colégios fazem ciclo de palestras, convidam os pais profissionais para falarem das mais diversas profissões, alguns fazem visitas à faculdades, ou levam às escolas professores de universidades. Mas tudo isso me pareceu muita teoria, pois se um profissional carismático, apaixonado por sua profissão faz uma palestra sensacional, isso pode ditar o rumo da vida do seu filho.
Quais são os talentos do seu filho?
Quais serão as profissões valorizadas daqui há 5, há 10 anos, que definirão o nível de remuneração que seu filho poderá atingir no futuro?
Quais os rumos das novas profissões?
Ecologia?
Cinema?
Moda?
Biomedicina?
Geologia?
Engenharia do Petróleo?
Seu filho terá jeito para atuar em escritório ou em atividade ao ar livre?
Será autônomo ou empregado?
Fará mestrado, doutorado, MBA?
Falará madarim? espanhol? italiano?
Nossa, quando foi comigo eu fui tão incisiva!!!!
Porque é mais difícil quando você está no papel de pai e de mãe, do que no de filho?
Foi exatamente neste contexto que uma mãe de uma amiga da minha filha me mostrou a Lâmpada de Aladim!!!!!!
ORIENTAÇÃO PROFISSIONAL!
E nessa dica extremamente feliz, conheci Deyse e Vicente do Sobrado Cultural.
Eles possuem uma vasta experiência em pedagogia, em educação, formação em Orientação Profissional.
Atuam com diversas dinâmicas de orientação de jovens em seu encarreiramento, bem como recolocação ou guinada de carreira, mudança de vida após aposentadoria,etc.
Após uma entrevista familiar, uma carta de próprio punho sobre como escolhi a minha carreira, idêntica carta feito pelo meu marido, e 10 sessões de dinâmicas com 3 meninas, colegas de classe, veio a entrevista familiar final e o laudo......
DIREITO.
Depoimento final da minha filha: Se eu tivesse que ser médica, eu seria médica de CTI, de ambulância, médica de salvar vidas!!! E eu, além de ser profissional, quero ser mãe, quero ser esposa, quero ser dona-de-casa, quero ter uma profissão em que eu trabalhe num local que tenha chave, que eu tranque a porta e vá diariamente levar e buscar meus filhos na escola, por isso não posso e não vou ser médica. Serei uma advogada dedicada a cuidar de todos os que precisem, vou ser advogada de ONG, vou ser promotora, juiza, sei lá.... Mas vou defender os necessitados.
Foi um momento de muita emoção, de muita expressão da vontade dela, de identificação com um projeto de vida.
Agradeço a Deyse e ao Vicente que souberam extrair através de inúmeras dinâmicas, através da experiência com jovens, da sintonia com o humano, com a energia daquelas meninas, através da verdadeira orientação profissional um rumo para a carreira da vida da minha filha!
Meu agradecimento aos dois, parabéns pelo trabalho, ela está super feliz com a escolha!
Vocês foram para mim uma inspiração!
Centro de Artes Sobrado Cultural
Deyse Borges e Vicente Couto