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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Um certo verão








Num determinado outono, mergulhei numa história de Um Certo Verão!

Um livro escolhido pela Isabella das Editoras Arqueiro e Sextante e que chegou pela remessa dos Correios com um bilhete dizendo 
que eu certamente adoraria a leitura!

Acertou, Isabella, mais uma vez!!


Um livro que fala de perdas, 
fala de amor, 
fala de determinação,
fala de milagres,
fala de cura,
fala de superação,
fala de crença no poder da família unida!


Separei um trecho que gostei especialmente...


"-Estou tentando compreender o incompreensível.

....foi como se uma névoa saísse da frente dos meus olhos....

Tudo o que eu queria era consertar alguma coisa, qualquer coisa.

Eu queria ter um manual de instruções 
para poder seguir e fazer as coisas funcionarem, 
como num passe de mágica.

Aí tudo iria ficar bem de novo.

...
Mas não foi assim..

E sabe porquê?

Porque a vida não é assim.

Você pode tentar ser perfeito, 
pode cumprir seus compromissos, 
corresponder às expectativas que as pessoas 
têm de você e, mesmo assim, 
não obter os resutados que consideraria justos.

A vida é uma loucura, irrita e muitas vezes não faz sentido.

tem gente que deveria estar aqui, mas não está;
tem gente que está, mas não deveria.
E não há nada que se possa fazer a respeito.

Não dá para mudar isso, por mais que se queira."



sábado, 1 de dezembro de 2012

O lugar mais distante de mim mesma


Hoje faz 1 mês que perdi minha mãe.

Confesso que, por mais que pareça lugar comum, é uma sensação de vazio que não dá para descrever, é um vai e vem de emoções, de recordações, de ações práticas que somos obrigadas a tomar (e que jamais havia tomado na vida) e que quando deito a cabeça no travesseiro juro, é difícil dormir!

Nada é mais verdadeiro do que a frase  - Mãe é Mãe!

E sendo mãe, repensar a vida e seu sentido, suas relações com as menores coisas do cotidiano, o que valorizar, o que considerar, o que consumir tempo, o que investir dinheiro, o que se aborrecer.

A idade passa.
A saúde não é mais a mesma.
O corpo não reage como gostaríamos.
A memória não é mais tão brilhante.
A competência, o que é mesmo isso? 
Qual a meritocracia nas escolhas para as doenças e superações de dores e sofrimento?
A elegância não vale grandes coisas em determinados cenários hospitalares e fúnebres, as máscaras caem.
E competição? Pelo soro?  Pela fralda? Pela quimio?
Quais as reais capacidades que precisamos desenvolver nessa vida?
Que habilidades precisamos ter?

Cada dia acredito mais que as nossas maiores competências na vida, e valem para tudo nessa vida (no pessoal e no profissional) são:

-RESILIÊNCIA:
viver todos os momento de forma intensa, ir no fundo do poço e renascer das cinzas, como fênix
vergar intensamente e voltar ao seu estado inicial, reforçado
não resistir ao vento, mas se dobrar a ele, na certeza de que não se quebrará

-SUPERAÇÃO:
capacidade de passar por dores e sofrimentos com garra, determinação, força, honra, de cabeça erguida, sem desespero, sabendo que em todos os momentos quem é forte vencerá

-FÉ:
crença maior de que nada acontece por acaso,  de que Lá em Cima há um Ser de muita LUZ olhando por nós e que somos protegidos e preparados para todas as situações e acolhidos por muita proteção da família, dos amigos queridos e de seres iluminados.

-ATITUTE POSITIVA:
a soma das habilidades acima que nos faz seguir em frente acreditando que se cheguei aonde cheguei foi porque tive uma mãe guerreira e muito forte e que me formou a mulher, mãe e profissional que sou!

Escolhi a mensagem abaixo, dentre muitas mensagens que recebi dos amigos, para descrever o que foram esses meus últimos 30 dias.
Obrigada Letícia Loureiro pelo carinho, força, presença constante nesses momentos tão difíceis!
Ainda vamos viver momentos de muita alegria, do vôo muito elevado da fênix que sou!
Obrigada a cada um dos meus amigos e amigas que me visitaram, me enviaram mensagens, sms, telegramas, cartões, me ligaram.
Obrigada amigas e amigos virtuais que comentaram no blog, face e twitter.
Obrigada família amorosa que muito está me apoiando.
E vamos seguir a vida com amigos, flores e alegria.
De férias!!!



sábado, 10 de novembro de 2012

Como enfrentar uma grande perda


                    
foto google


Compartilhando artigo que encontrei em minhas pesquisas para aliviar o meu momento:

"Muitas situações na vida nos trazem a sensação de um mal irreparável, geralmente envolvendo perdas ou grandes mudanças: doenças, morte de alguém, mudança de cidade, de emprego, condição social, separação, perda de um sonho ou ideal e outras. 

As situações mais dolorosas referem-se à perda de um ente querido.

As pessoas ficam com a sensação de terem sido roubadas em algo a que tinham direito. 
Passam por um processo doloroso que envolve sofrimento, medo, revolta, raiva, culpa, depressão, isolamento, desinteresse pelas atividades costumeiras ou excesso de atividades (fuga); apresentam sintomas físicos e psicológicos de estresse, podendo até vir a adoecer.

O tempo requerido para o “luto” (fase de maior sofrimento) e a maneira de vivê-lo depende muito das circunstâncias da perda, o significado desta para a pessoa, seu modo particular de lidar com situações de crise, apoio disponível no seu meio familiar e social, como a comunidade onde vive encara esta perda, suas próprias crenças e outros aspectos.

A recuperação de uma perda significativa leva de alguns meses a dois anos e, mesmo aí, alguns aspectos podem continuar não muito bem resolvidos.

Mas, além da tristeza, as situações dolorosas podem fazer com que descubramos em nós mesmos forças antes desconhecidas, faz com que repensemos nossas vidas e nossos valores, passando a perceber o que realmente é importante e o que é supérfluo, e podem nos transformar em pessoas mais ricas espiritual e emocionalmente.

Apesar das pessoas sentirem e reagirem diferentemente, existem pontos em comum nas situações de perda, quando geralmente  passam por fases semelhantes. 
Quando descobrem que estão com uma doença grave ou isto acontece com uma pessoa muito próxima, a morte inesperada de alguém que amam, ou com quase todos os outros tipos de perda, primeiro passam pelo estágio de choque e negação, não querendo acreditar na realidade. 
Depois vem a fase da raiva, revolta (contra tudo, todos e até contra Deus) e muita mágoa. 
Mais tarde passam a negociar com Deus e com a vida, tentando fazer trocas e promessas; depois ficam deprimidos, perguntando-se “por que eu?”, “por que ele(ou ela)?”ou “por que comigo(ou conosco)?”.

A seguir a tendência é retrairem-se por algum tempo, afastando-se dos outros, enquanto buscam alcançar um estado de entendimento, paz, aceitação; de aceitar aquilo que não pode ser mudado.(E. Kubler-Ross). 

Muitos param em determinada fase e não vão adiante na superação da perda que já aconteceu ou, no caso de doença, vai ocorrer; alguns pulam de uma fase para outra, podendo retornar à fases anteriores;  outros caminham para a superação. 

Isto vai depender muito do suporte que recebem do meio, dos amigos, de terapeutas ou orientadores; do entendimento que têm sobre a vida e sua finalidade, de suas crenças filosóficas e/ ou religiosas e outros aspectos.

A Dra Ross estudou também 20 mil casos de pessoas de várias culturas que passaram por experiências de quase morte(EQM), e notou muita semelhança no que percebem naqueles momentos de “morte”, as vivências e sensações são agradáveis e os pacientes percebem que na realidade a morte não existe, é uma passagem para um plano de vida diferente, como a borboleta que deixa o casulo.

Se começarmos a ver a vida de maneira diferente, com maior entendimento, veremos que a morte jamais deve representar sofrimento, mas uma continuação da vida e da evolução.

Seguem-se algumas sugestões que podem ajudar nesta fase difícil :-

1-Fale sobre sua perda e sua dor
Nos primeiros meses muitos têm esta necessidade, deixe que os outros saibam que este assunto não deve ser evitado e que lhe faz bem falar sobre isto, abrir-se com alguém de confiança, ajuda no entendimento e na aceitação. Quando os amigos entendem o processo, percebem que ouvindo e compartilhando o sofrimento, estão ajudando; e você vai se sentir melhor desabafando. Entretanto, em algumas situações, ou com algumas pessoas, quando não quiser falar sobre o assunto, também diga isto claramente.

2-Enfrente o sentimento de culpa
Quando se perde alguém importante é difícil sentir que se fez o bastante. Discutir este sentimento com alguém compreensivo e de confiança vai ajudar a distinguir a culpa real e irreal e, aos poucos, esta começa a diminuir. Não pode se sentir responsável por não prever os acontecimentos, ou culpa como se tivesse tido a intenção de prejudicar alguém. Além do mais, temos que aceitar a realidade de que ninguém é perfeito, fazemos o possível de acordo com nossa capacidade.

3-Trabalhe os sentimentos de raiva e revolta
Estes sentimentos existem em face de uma grande perda; é importante percebê-los e expressar os sentimentos de raiva e amargura. Não adianta negá-los ou envergonhar-se deles, são normais e irão desaparecendo com o tempo e a aceitação do fato.

4-Idealização
Há uma fase em que a pessoa pensa em suas falhas como pai, mãe, filho, cônjuge, irmão, namorado ou amigo... e vê a pessoa que se foi como um ser perfeito. Com o tempo, começará a vê-la como um ser humano real, com suas qualidades e defeitos, assim como todos nós.

5-Não se isole
Mesmo que não se sinta à vontade para compartilhar seu sofrimento e prefira ficar sozinho, precisa buscar a companhia de outras pessoas. Amigos e familiares que o estimem podem ajudar muito. Não se esqueça que não está só; muitos o estimam, querem lhe dar amor e conforto, assim como precisam do seu amor e atenção. Isto consola , renova suas forças e ajuda na construção de novos objetivos e, com o tempo, a recuperar a alegria de viver. Estas pessoas podem fazer muito por você e você por elas.

6-Mudança de valores
Diante da morte ou de uma grande perda, a pessoa tende a repensar seus valores, a reavaliar seus objetivos de vida; deixar de lado coisas que anteriormente valorizava e que agora percebe que são insignificantes e/ou fúteis, e a valorizar aspectos que percebe serem realmente mais importantes. Muitas vezes implementa mudanças positivas na sua maneira de ser e de viver, tornando-se menos preocupada com o ter e mais com o SER, evoluindo moral, emocional e Espiritualmente.

7-“Nunca mais serei o mesmo”...
É freqüente haver um grande sofrimento neste pensamento que pode ser real, mas isto não significa que nunca mais possa ser feliz. Embora esta idéia possa parecer inaceitável no período do sofrimento, as transformações podem nos enriquecer. Geralmente é isto que acontece, quando a pessoa aceita trabalhar e superar a fase de mágoa e revolta, decidindo que pode e deve viver o melhor possível.

8-Evite decisões importantes ou grandes mudanças
O primeiro ano após a perda, geralmente não é um período adequado para tomar decisões importantes ou fazer grandes mudanças, a menos que as circunstâncias o exijam. Uma pessoa amargurada tem a capacidade de julgamento diminuída. Se algumas mudanças forem necessárias e inadiáveis, peça a ajuda de alguém competente e não envolvido emocionalmente com os problemas.

9-Reserve períodos e local para lembranças
Não fique o tempo todo pensando e vendo objetos da pessoa que se foi. Coloque alguns pertences dela numa caixa ou armário, não os deixe espalhados.Tente reservar algum período específico do dia (no início), da semana ou do mês, para pensar na pessoa e no seu luto, quando também poderá rever os objetos. Evite fazer isto o resto do tempo, pois nada de bom e útil se consegue com a tristeza contínua.  Para algumas pessoas isto não é fácil de conseguir, mas é necessário à sobrevivência e recuperação.

10-Prevendo dias e datas difíceis
É útil saber que vai sentir-se mais triste, solitário e infeliz em certos dias e datas do que em outros, isto mesmo após já ter-se passado algum tempo e com a vida mais estabilizada. Estes dias especiais geralmente envolvem datas de aniversário, Natal, passagem de ano, Páscoa e outros, onde a falta da pessoa se faz mais presente. Planeje passá-los com amigos ou familiares, pois é provável que fique mais triste, choroso e deprimido que em outras ocasiões. Não se isole, é bom que esteja em companhia de pessoas que o estimem.

11-A crença de que a vida transcende nossa estada na terra e num Ser Superior
Desde a antiguidade, a maioria dos povos de todas as regiões do globo,com culturas e  religiões diferentes, acredita na imortalidade da alma ou espírito e na existência de um Deus ou “Algo Superior”. Isto é quase que uma intuição que nascemos com ela.  Um Ser com Amor Incondicional e Sabedoria, perfeito e justo, não castiga as pessoas, mas sempre quer o seu bem, sua evolução, mesmo que muitos de nós ainda não tenhamos a capacidade para entender o porquê de muitos acontecimentos. Hoje, mais do que nunca, temos tido provas da imortalidade do espírito e de que tudo na vida tem um propósito positivo, que nada acontece por acaso. Mesmo que não seja religioso, esta crença traz consolo. Pensar que a pessoa não acabou, mas apenas deixou seu corpo e transferiu-se para um tipo de vida diferente, em outro plano, faz com que as pessoas sintam-se melhor diante da perda; e significará que a  separação é temporária, não definitiva.
É importante saber que pudemos desfrutar da companhia de algumas pessoas especiais, mesmo que por breve tempo,  que nos deixam muita saudade...Só se tem saudade daquilo que foi muito bom..

12-Culpa por sentir-se bem
É comum as pessoas não se permitirem alegria após uma grande perda, não aceitando convites de amigos, ou evitando atividades agradáveis. Não lute para continuar sendo ou parecendo infeliz. Perceba que sentir-se contente, ter novos objetivos, não é deslealdade nem significa que não ama ou está esquecendo o ente querido.  Conseguir prazer em algo significa que está trazendo um pouco de alívio ao seu sofrimento; retomando ou recomeçando a construir sua vida. Além disso, se a pessoa que se foi o estima, com certeza gostaria de vê-lo bem e não sofrendo, preferiria vê-lo contente e isto lhe daria mais tranquilidade. Procure investir em seu bem estar, engajando-se em atividades produtivas e que lhe são agradáveis, e poderá tornar sua vida melhor ainda do que antes, se aprendeu algo com o acontecido, se cresceu com o sofrimento e compreensão do que é realmente mais importante na vida.

13-Reajuste-se à vida e ao trabalho
Tirar alguns dias ou semanas para reequilibrar-se e, depois, uma folga ocasional, quando necessário, é perfeitamente normal. Mas as atividades devem ser retomadas assim que for possível, pois são importantes no processo de recuperação. Seja paciente consigo mesmo, porque nos primeiros meses sua capacidade física e mental podem não ser as mesmas. Deve diminuir sua carga horária ou o número de atividades, se sentir que é excessiva; mas a inatividade prolongada faz as pessoas repetirem ou prolongarem a fase depressiva sem nenhum benefício. Com o tempo poderá também perceber que é importante utilizar um pouco da sua energia em uma atividade que possa ajudar outras pessoas e/ou instituições, saindo um pouco de seu pequeno mundo e percebendo a importância e bem estar que traz ajudar ao próximo, de conseguir tornar outros um pouco mais felizes e menos carentes física e psicologicamente. 

14-Liberte-se de expectativas irreais
Acreditar que a vida deveria ser diferente, não envolvendo escolhas dolorosas, sofrimentos e perdas é irreal e só traz revolta, o que só prejudica. Tornando nossas expectativas quanto a nós mesmos, aos outros e à vida mais realistas, fica mais difícil nos frustrarmos e mais fácil nos adaptarmos. Ninguém passa por situações que não mereça, por puro acaso; nem enfrenta uma carga maior do que a que tenha capacidade para carregar. Saber que não vivemos num mundo desorganizado e que existem leis universais, “nada acontece por acaso”;  tudo tem uma razão de ser justa e produtiva, nos leva a encarar os acontecimentos (com relação a nós e aos outros envolvidos), mesmo os mais difíceis, como oportunidades de aprendizagem e crescimento.

15-Integrando a  perda
As pessoas não “têm” que ser “vítimas”, qualquer que seja a perda, por pior que tenha sido. Situações de muito sofrimento podem ser transformadas em aprendizado.  É preciso deixar de lado as perguntas centradas no passado (que é imutável) e no sofrimento (“Por que isso aconteceu comigo”?) e começar a fazer perguntas que abrem as portas para o futuro:- “Agora que isto aconteceu o que posso e devo fazer? O que posso aprender com isto? O que posso fazer para Ser e sentir-me melhor?” Geralmente quando chegamos à fase da aceitação, atingimos a compreensão e crescemos com a experiência, a dor se vai. Fica a saudade de uma pessoa com a qual convivemos e que nos proporcionou bons momentos e ensinamentos, tanto com suas qualidades, como com seus defeitos; com a qual compartilhamos uma parte de nossa vida. Só se tem saudade de algo que foi bom ou nos trouxe algo de positivo. Deve ser mais triste não ter de quem sentir saudade, seja de uma pessoa deste ou de outro plano.

16-Pesar excessivamente longo
Quando um sofrimento excessivo consome alguém por mais de um ano, geralmente o problema principal não é a perda em si, mas algum outro aspecto que precisa ser entendido. Muitas vezes isto ocorre quando havia uma dependência excessiva em relação à pessoa que se foi, quando a culpa por algum motivo é um componente muito forte na situação, problemas emocionais pessoais ativados ou reforçados pela perda ou outras razões significativas. Amigos, conselheiros ou um psicólogo podem ser necessários neste caso.

17-Procure ajuda profissional, se necessário.
A maioria dos que procuram ajuda de psicoterapeuta não são doentes mentais, são pessoas comuns enfrentando problemas, passando por uma crise e muitas delas sofrendo uma perda. Um profissional da área é alguém com quem você pode dividir seu sofrimento, sua revolta, seu medo, suas lembranças dolorosas, sua culpa e seus conflitos; que pode compreendê-lo e ajudá-lo. As sessões de terapia podem ajudá-lo também a tomar decisões práticas que o farão sentir-se melhor. Você pode precisar de apenas algumas sessões, muitos meses para superar a fase mais difícil, ou mais tempo; tudo vai depender do significado individual da perda, da maneira como reage às crises e à terapia.
No início do pesar, uma das formas mais comuns de manifestar o sofrimento é resistir a crescer com ele. A vida pode ser prejudicada ou fortalecida por uma perda.  Ninguém permanece o mesmo. Cada situação é única e só a própria pessoa pode buscar e encontrar respostas relativas ao “outro eu” e à outra vida que vão emergir.
Cada pessoa decide se vai ou não crescer com essa experiência dolorosa , e quando."

Fonte:

Maria José G. S Nery- Psicóloga Clínica
http://www.psiqweb.med.br

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Sorri

 
    Sorri quando o dor te torturarE a saudade atormentarOs teus dias tristonhos vazios Sorri quando tudo terminarQuando nada mais restar Do teu sonho encantador  Sorri quando o sol perder a luzE sentires uma cruzNos teus ombros cansados doridos  Sorri vai mentindo a sua dorE ao notar que tu sorrisTodo mundo irá suporQue és feliz   Charles Chaplin 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vivenciar o Luto


foto google



"A sociedade moderna, mais que qualquer outra era histórica, vem negando sistematicamente a presença da morte; algo que deveria ser considerado um processo natural acaba se convertendo em uma experiência dolorosa e quase insuportável. 

Como ninguém se prepara para vivenciá-la, pois se tornou um tabu até mesmo pensar em sua existência, perder um ser querido converte a vida de alguém em um terrível redemoinho de dor e sofrimento.

Como a morte é rejeitada e, pior que isso, praticamente ignorada, a maior parte das pessoas não sabe mais como enfrentá-la; muitas vezes isto implica em uma relação funesta com o luto, pois nos tempos pós-modernos ele é algo com quem ninguém mais sabe lidar; afinal, como viver esta experiência se ela agora carece de significado?
É fundamental que o ser humano se conscientize de que sua existência é composta de ciclos, de recomeço e de transformações; tudo sempre passa, por mais impossível e insuportavelmente doloroso que pareça, no primeiro momento. E o corpo físico é perecível, enquanto a alma, do ponto de vista da maior parte das religiões, permanece viva.
Urge resgatar antigos mitos e mitologias, com os quais a Humanidade aprendeu a compreender a realidade a sua volta; bem como reviver velhos rituais e tradições ancestrais, pois através deles o Homem entendeu e aceitou melhor a morte na Antiguidade. Infelizmente, com o domínio da Igreja Católica, principalmente a partir da Idade Média, tudo se transformou, e o medo assumiu o primeiro plano.
A terapia do luto ainda não é muito conhecida no Brasil, embora seja normal na Inglaterra e nos Estados Unidos. Nestes países um esforço interdisciplinar, que une terapeutas, psicólogos e psiquiatras, contribui para a recuperação de pessoas que estão vivendo a experiência da perda, da morte de entes queridos.
Estes pacientes são orientados e conduzidos neste difícil processo de trazer para o plano da consciência a dor e o sofrimento, pois reprimi-los nos subterrâneos do inconsciente só contribui para que a pessoa passe a viver um luto crônico, incessante. 
 É necessário que ela extraia de dentro de si todos os sentimentos e emoções ligadas a esta carência.
A meta desta terapia é eliminar, gradualmente, a dor que se cristaliza no interior daqueles que vivenciam a morte de alguém importante, bem como a rejeição do evento, os sutis processos de escape e o temor do porvir. 
O profissional ajuda o indivíduo a compreender que a morte é um processo natural, que atinge a todos em algum momento da vida, o que o leva a ver esta ocorrência como algo comum, não enquanto um fato excepcional e místico.
O que é, afinal, vivenciar o luto? 

É permitir que a dor venha, passe, e aos poucos se desvaneça, assim como as saudades, a melancolia, qualquer traço de culpa ou de remorso que invada o íntimo do ser enlutado; também é essencial falar sobre o morto, e não fingir que nada aconteceu. 

Só assim será possível alcançar a catarse que ameniza a dor e deixa o coração livre do que o oprime.
O ramo terapêutico que estuda este campo, e do qual deriva a terapia do luto, é a Psicologia da Morte, esfera que investiga os fatores sócio-psicológicos que estão relacionados ao Luto e a qualquer esforço de encarar as perdas mais profundas. 
Esta terapêutica se direciona não só àqueles que enfrentam a dor da morte, mas também aos que passam por enfermidades que aproximam o paciente desta realidade. 
O mecanismo de orientação não demanda mais que dez sessões, e às vezes pode até se resumir a um único encontro; tudo depende das condições em que o paciente se encontra."


Fonte:
De Ana Lúcia Santana
www.infoescola.com
http://recantodasletras.uol.com.br/cronicas/2471972
http://dekabarros.wordpress.com/2010/08/30/terapia-do-luto/
http://www.wix.com/mcostajunior/terapiadoluto

sábado, 27 de outubro de 2012

A idade e a liberdade



"A idade me libertou. 
Eu gosto da pessoa que me tornei.
Eu nunca trocaria meus amigos surpreendentes
minha vida maravilhosa
minha amada família por menos cabelo branco 
ou uma barriga mais lisa. 
Enquanto fui envelhecendo, 
tornei-me mais amável para mim
e menos crítica de mim mesmo
Eu me tornei minha própria amiga. 
Eu não me censuro por comer biscoito extra, 
ou por não fazer a minha cama, 
ou para a compra de algo bobo que eu não precisava, 
como uma escultura de cimento, 
mas que parece tão "avant garde" no meu pátio. 
Eu tenho direito de ser desarrumada, 
de ser extravagante.
Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, 
antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento.
Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo 
ou jogar no computador até as quatro horas 
e dormir até meio-dia?
Eu dançarei ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 e 70, 
e se eu, ao mesmo tempo, 
desejo chorar por um amor perdido... 
Eu vou.
Vou andar na praia 
em um maiô excessivamente esticado 
sobre um corpo decadente, 
e mergulhar nas ondas com abandono, 
se eu quiser, 
apesar dos olhares penalizados dos outros no jet set.
Eles, também, vão envelhecer.
Eu sei que eu sou às vezes esquecida. 
Mas há mais algumas coisas na vida que devem ser esquecidas.
Eu me recordo das coisas importantes.
Claro, ao longo dos anos meu coração foi quebrado
Como não pode quebrar seu coração 
quando você perde um ente querido
ou quando uma criança sofre
ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro?  
Mas corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão.  
Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril 
e nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito.
Eu sou tão abençoada 
por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, 
e ter os risos da juventude 
gravados para sempre em sulcos profundos em meu rosto.
Muitos nunca riram, 
muitos morreram antes de seus cabelos virarem prata.
Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo.  
Você se preocupa menos com o que os outros pensam
Eu não me questiono mais.
Eu ganhei o direito de estar errado. 
Assim, para responder sua pergunta, eu gosto de ser idosa. 
 
A idade me libertou. 
Eu gosto da pessoa que me tornei.  
Eu não vou viver para sempre, 
mas enquanto eu ainda estou aqui, 
eu não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido
ou me preocupar com o que será
E eu vou comer sobremesa todos os dias (se me apetecer).
Que nossa amizade nunca se separe porque é direto do coração!"
 
 
Recebi por email da amiga Lúcia Diniz - de autor desconhecido