Estou lendo uma série da Nora Roberts, assinando J D Robbs que é a Série Mortal.
Já estou no 8o. livro da Série, que é o Conspiração Mortal.
São livros que misturam aventuras de uma policial, desvendando diversos assassinatos, casada com um eterno e apaixonado romântico, e que se passa em New York, em 2058, com cenário absolutamente futurista.
Nessa época no futruro, as pessoas possuirão, segundo descrito no livro, diversos tratamentos de saúde e de estética anti-envelhecimento e viverão em média 110 anos, se bem cuidadas.
Não se entra em detalhes sobre planos de saúde, aposentadoria profissional, questões de habitação, de empregabilidade, etc, com essa população envelhescente...
Mas, saindo da ficção e entrando na vida real, um tema que muito têm me preocupado é o investir no futuro, é pensar em trabalhar, trabalhar, trabalhar, mesmo após a aposentadoria, é ter subsistência em saúde, moradia, empregabilidade, considerando, para a minha geração, uma maior longevidade ( se Deus quiser!).
Pensando no tema longevidade e subsistência, com qualidade de vida, fiz um link com mais um artigo publicado pela Cristiane Segatto (virei fã de carteirinha!), que transcrevo a seguir:
"Um artigo publicado recentemente no jornal The New York Times me fez refletir sobre o futuro que queremos.
A autora, Natasha Singer, conta de que forma o envelhecimento da população pode deixar na miséria as nações que não estiverem preparadas para lidar com ele. Durante o século 20, a expectativa de vida aumentou na maior parte dos países. Graças a gigantes invenções da medicina (os antibióticos e as vacinas são dois exemplos) e à melhoria das condições de trabalho e moradia e do acesso a água encanada e esgoto. Pela primeira vez na história humana, as pessoas com 65 anos ou mais devem se tornar mais numerosas que as menores de 5 anos.
O ponto levantado por Natasha é interessante: do jeito que as coisas vão, talvez não possamos nos dar ao luxo de viver tanto. Em muitos países, o número de idosos com direito a aposentadorias públicas, serviços de saúde e cuidados prolongados deve superar, em breve, a força de trabalho. ..... Em seu artigo, Natasha faz uma sugestão compatível com o tamanho do problema: grupos e organizações internacionais influentes deveriam assumir o envelhecimento como uma causa, a exemplo do que fizeram com o ambiente. ..... Se nada for feito, dificilmente conseguiremos resolver a equação complicada que nos aguarda: na próxima década, teremos mais idosos, mais doenças crônicas, mais custos.
O Brasil enfrentará esse desafio e também a tentação de adotar novas, maravilhosas e caras tecnologias. Em 2020, as pessoas com mais de 60 anos serão 14% da população (atualmente são 10%).
No plano individual, isso é bom.
Para o sistema de saúde, isso é ruim.
Antigamente, bastava dar antibióticos e despachar os doentes para casa.
Havia dois desfechos possíveis: eles saravam ou morriam.
Nas próximas décadas, será cada vez maior o contingente de pessoas que precisarão de cuidados médicos e remédios caros por muito tempo.
Teremos uma vida longa e cheia de remedinhos. As principais preocupações de saúde serão obesidade, os males cardiovasculares, o câncer e as doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson.
Além das doenças crônicas que se tornarão mais frequentes, sempre haverá o imponderável - o surgimento de vírus e doenças.
Quer um exemplo? Nos anos 80, os médicos achavam que doenças infecciosas como a gripe seriam controladas e o câncer seria o grande problema.
Hoje, muitos tumores são curados e há pessoas morrendo com novas formas de gripe. O Brasil só vai conseguir enfrentar o desafio imposto pelo envelhecimento da população se cada um de nós tiver consciência de que vai ser preciso gastar cada vez mais dinheiro com saúde.
Isso é inevitável.
Vamos gastar mais no plano individual (na parcela do orçamento familiar destinada às despesas de saúde) e no plano coletivo (na parcela dos impostos destinados a essa área). O que me assusta é perceber que poucos brasileiros acham que estar preparado financeiramente para enfrentar uma doença inesperada é uma excelente razão para poupar dinheiro.
O que vemos atualmente é uma gastança e um endividamento generalizados.
É compreensível que as novas classes C e D, compostas por gente que nunca teve acesso aos bens de consumo, queiram consumir hoje tudo o que podem. O consumo é bom.
Movimenta a economia, alegra as famílias, estimula o trabalhador a conquistar o que deseja.
Mas a falta de cultura da poupança não contribui para o equilíbrio do orçamento doméstico.
O que vai acontecer se alguém ficar doente por muitos meses e não puder trabalhar?
Ou se alguém sofrer um acidente e ficar incapacitado?
A família vai perambular pelo SUS ou vai pagar um atendimento particular com tênis de marca, perfume importado, celular top de linha ou carro do ano adquirido em 60 meses? O número de brasileiros com dívidas superiores a R$ 5 mil, considerando todos os tipos de empréstimo, saltou de 10 milhões para 25,7 milhões, segundo dados divulgados pelo Banco Central.
O total pode ser muito maior porque ele não considera os cidadãos que não têm conta em banco - cerca de metade da população. Muitos trabalhadores de baixa renda estão absolutamente deslumbrados com as novas oportunidades de consumo.
....
O mais injusto nessa história toda é que os longos crediários e os parcelamentos das faturas de cartão de crédito (nos quais estão embutidos juros altíssimos) prosperam graças à ignorância matemática de grande parte da população.
Os pobres e a nova classe C não sabem fazer contas simples.
Estão gastando o que têm e o que não têm.
Precisam, urgentemente, aprender a planejar o futuro.
Pelo bem de sua saúde."
Cristiane Segatto, Revista Época - outubro/2010
As indagações dela são muito interessantes, mas talvez deva-se pensar na evolução da própria humanidade como sociedade e não apenas no progresso científico. A idade mínima para a aposentadoria tem se prolongado em vários países e as pesquisas com células tronco oferecem possibilidade de cura a doenças que sequer poderiam ser imaginadas, logo é um tanto simplista imaginar que a ciência avança e a humanidade permanecerá a mesma...
ResponderExcluirExcelente esolha do tema.
Beijo
Adri
Que excelente texto! De fazer pensar sempre. :]
ResponderExcluirObrigada pela visita ao meu blog.
ResponderExcluirMuito bom seu mesmo! As pessoas são muito imediatistas, querem tudo pra agora, usar tudo agora, não pensam no futuro. Não planejam juntar dinheiro pra comprar algo, preferem fazer divida mas ter o algo agora. O Estado simplesmente não dará conta de toda essa população de idosos. Como vc disse, precisam, urgentemente, aprender a planejar o futuro.
Beijos
ursulaferraricoach.wordpress.com
Oi, Sandra
ResponderExcluirMais um excelente artigo da Cristiane Segatto! Na verdade nós já somos um país de idosos, com uma classe D que ascendeu somente ao poder de compra, mas não sabe discernir o que é bom para si, nem para o país. Enquanto não nos preocuparmos com um "presente" de poupança, uma substituição gradativa para a previdência privada (onde as contribuições se iniciem cedo) acho que as nossas perspectivas não serão muito boas.
Ótima escolha e obrigada por dividir conosco. Disseminar textos dessa qualidade é um serviço de utilidade pública!
Parabéns!
Sandra, um feliz recomeço profissional. Estou aqui de dedos cruzados, torcendo para o seu (evidente) sucesso.
Em tempo, obrigada por compartilhar comigo pelos 200 seguidores e mais ainda, de fazer parte desse time que eu tenho tanto apreço!
Beijo grande!
Sandra,
ResponderExcluirum excelente artigo e post também.
seria bom envelhecer com qualidade e respeito pelos idosos, devemos nos preocupar muito com isso.
bjs
Betha
Recebi um email da amiga Valéria, companheira de tantos projetos em diversas oportunidades profissionais, segue o texto: "Oi Sandra
ResponderExcluirTenho lido seu blog e confesso que por causa dele hoje estou tomando coragem para fazer o meu.bjs Valeria"
Recebi via twitter da Jara_baby
ResponderExcluir"Oi Adoramos o seu blog."