sexta-feira, 2 de março de 2012

Workaholics

Quem não dispõe de dois terços do dia é um escravo

Workaholics são as pessoas que deixam o trabalho absorver toda sua vida pessoal. 
Talvez pelo fato de esse comportamento ser um transtorno reconhecido há pouco tempo, praticamente não existem tratamentos terapêuticos para ele.

O viciado em trabalho sofre com altos níveis de estresse, pois acha que nunca dedica horas suficientes à sua atividade profissional, o que acaba provocando danos à saúde, bem como à vida pessoal e familiar.

E nem sempre esse tipo de conduta se traduz em um rendimento maior e melhor.

Segundo Gayle Porter, especialista no assunto, workaholic pode ser prejudicial a uma empresa, pois costuma dedicar muito tempo a tarefas irrelevantes. 
Estatísticas revelam que esse tipo de pessoa não produz mais que um trabalhador normal: simplesmente esquenta sua cadeira por mais horas.

 foto google

Já que nossa civilização oferece tantas opções de atividades culturais para o tempo livre, vale a pena seguir o modelo clássico: 
8 horas para trabalhar, 
8 horas para dormir e 
8 horas para o lazer.


(E como bem dizia o CEO de uma empresa em que trabalhei, quem é bom, quem é eficaz, quem é competente, sabe se planejar, sabe gerenciar seu tempo e faz o que precisa ser feito, perfeito, no horário útil de trabalho. Virou moda associar competência a trabalhar 12 horas/dia.)


Máxima 56 do livro Nietzsche para estressados, de Allan Percy, da Editora Sextante


8 comentários:

  1. Xi minhas horas de lazer estão capengas rsrsrsr

    Sobre a fala do seu amigo: A vida profissional de um professor brasileiro vai contra tudo que ele afirmou. Quando lecionava, infelizmente dar conta da educação dos alunos, a parte burocrática e extra curricular, acabava levando trabalho para casa...

    Tenha uma ótima sexta Bella!

    Beijooooooooooo

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  2. Adorei a frase que o teu CEO disse... tem toda a razão mesmo....! Hoje em dia parece que só quem trabalha 12 horas é que é verdadeiro profissional.... Penso tal e qual como ele... Se a pessoa for profissional e competente, organizadas, as 8 horas diárias chegam para fazer o trabalho todo...

    Bom fim-de-semana

    Beijocas

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  3. Olá Sandra.
    Gostei muito e concordo. Temos de ter tempo para outras coisas que gostamos...
    Beijinhos grandes.

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  4. Publicação e s p e t a c u l a r ! Mais que oportuna em meio ao que vivemos neste país desgovernado e ameaçador ocasionando o implacável temor do desemprego em milhões de trabalhadores(as). Pra comentar, propriamente dito, penso existirem pessoas que adoram coimplicar as coisas.
    Cadinho RoCo

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  5. Bons conselhos e cautela não fazem mal algum.Há que se equacionar com razoabilidade a equação: trabalhar para viver/viver para trabalhar.
    Bjkas, Sandrinha,
    Calu

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  6. O "workalcoolismo" é uma doença tal qual o vício em drogas.
    Normalmente acaba em um burnout (na melhor das hipóteses) ou numa doença pior.
    O doente não percebe o quanto isto o consome, e o quanto isto não vale para nada, pois pode ser descartado a qualquer momento de crise ou de troca de chefias, e muitas vezes não terá forças para se recuperar profissional e fisicamente.
    Eu creio que isto deveria ser monitorado pelos RHs, mas ainda é considerado uma coisa "benéfica" pelo meio social que vivemos...

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  7. O "workalcoolismo" tem o mesmo princípio do vício em drogas e devia ser considerado como doença.
    Ele acaba em um Burnout (na melhor das hipóteses).
    O "Workalcoolico" não percebe isto, ele quer sempre mais, e tem crise de abstinência (meu telefone não tocou ainda... será que isto significa que não sou necessário?)
    Essencialmente está ligado à necessidade de se provar algo... de provar para os outros e para si mesmo que é importante e necessário...
    Muitas vezes o "workalcoolico" é agressivo (coisa valorizada na nossa sociedade), mas não percebe que a agressividade dele fere os demais e o deixa isolado.
    Ele não percebe o que faz, acha bonito o que faz, e acaba incentivado a fazer mais pelo "meio ambiente" que tem o interesse de se livrar de responsabilidades, imputando-as ao primeiro "otário" que as pegar...
    O "workalcoolico", justamente por "ter algo a provar", é este "otário de plantão".
    Ele não percebe que se consome, e que caso haja uma mudança de chefia, uma mudança de equipe, um erro por cansaço, uma crise ou "decisão corporativa" ele poderá ser descartado, sem ter mais forças para se recuperar física ou profissionalmente.
    Isto deveria ser monitorado pelos RHs... é tão fácil...

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